terça-feira, 30 de março de 2010

Ferroeste e a duplicação da BR 285 no PAC 2

O NACIONAL – PASSO FUNDO
Governo: anúncio de obras incluídas no programa foi feito ontem em Brasília e deputados gaúchos acompanharam a inclusão de diversos projetos para o Rio Grande

A elaboração do estudo para ampliação da Ferroeste de São Paulo ao Porto de Rio Grande e a duplicação da BR 285 são dois dos pontos contemplados no Programa da Aceleração do Crescimento, fase dois, anunciado ontem em Brasília. Do total de R$ 1,59 trilhão de investimentos previstos no PAC, R% 958,9 bilhões serão gastos de 2011 a 2014 e os R$ 631,6 restantes estão previstos para depois de 2014. Um dos principais desafios do PAC será cumprir o prazo de aplicação dos recursos, sendo que na primeira parte, lançada em 2007, dos R$ 500 bilhões previstos, foram aplicados apenas 63,3%. Mesmo assim, o governo alega que conseguirá cumprir a meta e finalizar os investimentos previstos até o fim de 2010. As ações são focadas em energia, Água e Luz para Todos; Comunidade Cidadã; Minha Vida; Transportes e Cidade Melhor.

Obras no RS
O Rio Grande do Sul receberá ainda recursos para Irrigação da Costa Doce, revitalização da Hidrovia em Estrela, Cachoeira, POA, Pelotas, São José do Norte e Santa Vitória e construção de canais de irrigação nas barragens Taquarembó e Jaguari. O deputado Beto Albuquerque (PSB) acompanhou o ato de lançamento e comemorou a inclusão no caderno de obras de importantes investimentos. “Trata-se de uma vitória porque os assuntos passam a ser pauta de governo, integrando o orçamento federal. Agora o desafio é elaborar bons projetos para contemplação e início das obras”, disse ele. Na questão da Ferrosul, o deputado diz que o custeio do projeto de engenharia, viabilidade econômica e impacto ambiental é definitiva para implementação da ferrovia. O estudo vai atingir um total de 1.6 mil quilômetros entre os estados. Quando ainda era coordenador da bancada gaúcha, Beto reuniu, no início deste ano, deputados dos três estados do sul do país para lutar por recursos para a ampliação da Ferrovia Norte-Sul até o RS. Até então havia recursos apenas para o trecho entre o Amapá e São Paulo. Com o anúncio desta segunda-feira, o deputado considerou sua luta vitoriosa, já que o PAC 2 prevê a extensão da ferrovia até o Porto de Rio Grande. O caderno de obras prevê a expansão da malha ferroviária com a construção de ferrovias com bitola larga, o desenvolvimento de moderno sistema ferroviário integrado e de alta capacidade, ligação de áreas de produção agrícola e mineral aos portos, indústrias e mercado consumidor. O projeto ainda prevê a revisão do modelo regulatório com a criação de ambiente competitivo no transporte de cargas, incentivo à utilização plena da capacidade de infraestrutura e estímulo a novos investimentos. Na seara de rodovias, o deputado federal do PSB destaca a importância da construção da BR 285, ligando o Estado à Santa Catarina. “Isso é sensacional”, diz Beto lembrando que já está em obras e é uma rodovia turística. Também salientou a importância da destinação de recursos para a BR 470, entre Lagoa Vermelha e Barracão que será concluída.

Discussão regional em Passo Fundo a segunda etapa do PAC foi tema de reunião, na sexta-feira, com presença de lideranças regionais. Conforme o vice-prefeito Rene Cecconelo (PT), ficaram evidentes demandas como o projeto para a Ferrosul e a duplicação da BR 285 na totalização do trecho. Prefeitos e lideranças regionais participaram da reunião, incluindo representantes de Casca, David Canabarro, Marau e Maximiliano de Almeida. “Alguns assuntos foram unanimidade nas discussões e vamos levar essas pautas para o próximo debate de 9 de abril, em Porto Alegre”, garante.

Destinos
A maior parte dos investimentos vai para a energia (R$ 1,092 trilhão). Apenas como petróleo e gás estão previstos gastos de R$ 879 bilhões, e para a geração de energia elétrica, R$ 136,6 bilhões. A exploração e produção do pré-sal terá R$ 125,7 bilhões, dos quais R$ 64,5 bilhões de 2011 a 2014 e R$ 61,2 bilhões a partir de 2014.

2 milhões de casas
Além de incluir no PAC o programa, o governo se comprometeu com a construção de 2 milhões de casas e com as previsões de que60% (1,2 milhão de unidades) serão para famílias com renda de até R$ 1,395 mil. Outras 600 mil unidades (30%) serão voltadas para famílias com renda entre R$ 1,395 mil e R4 2,790 mil e os 10% restantes (200 mil unidades) serão para brasileiros com renda familiar de R$ 2,790 mil a R$ 4,650 mil.

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